E se?

Há algum tempo, botei na cabeça que tinha uma doença grave e que morreria logo. Quando a gente se vê perto da linha de chegada, repensa a trajetória, as paranoias, os medos e os sonhos.

Eu não sou exceção e repense muitas coisas, na minha vida. Foram tantos questionamentos, que a cabeça dava um nó, sobretudo pelos sonhos não realizados e a felicidade sempre adiada.

Daí, cheguei para o médico, apavorada e pronta para receber, possívelmente, a pior notícia da minha vida e perguntei o que eu tinha, ele disse que eu estava bem, que passava por uma situação normal e que não havia com que me preocupar. Daí, uma lição importante foi: Nunca pergunte ao Google o que você tem, ou o que significam os resultados dos seus exames. Hahaha

Bom, a calmaria foi incrível, o tempo passou, me permiti viver experiências maravilhosas, me redescobri, em alguns aspectos, mas, hoje percebo que continuo com a velha mania de adiar a felicidade, de não aliviar a barra é respirar um pouco, de me culpar por fazer coisas "sem um propósito lógico e responsável".

Nem tudo está perdido, tomei decisões loucas que me fazem feliz, mas, vivo me prendendo a determinados padrões impostos pela sociedade e por mim, estes são os piores, definitivamente. Daí, pensei "E se, de fato, eu tiver pouco tempo? E se a jornada estiver concluindo, para mim? Quero me arrepender ou saber que vivi? Quero lamentar ou espalhar tanto amor, que seja capaz de amenizar, se não, curar a dor da partida?"

Preciso não esquecer de que a vida é aqui, é neste momento e é uma passageira muito apressada.

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